Na minha cabeça meio oca, às vezes acho que todo bibliotecário é um pouco parecido comigo, que no fundo todo colega de profissão também acredita que está construindo um mundo melhor.
Não tem muito glamour, quando eu preciso guardar um monte de livro na estante, nem quando o usuário me pede um livro que tá disponível no sistema e não tá no lugar certo da estante.
No balcão de referência, eu atendo todos iguais, se tiver cheio, peço paciência e escuto com atenção os pedidos.
Se preciso catalogar ou classificar, percebo que não há necessidade de decorar, diferente dos concursos, na vida real, a gente pode consultar os manuais.
Sempre ficam me perguntando, como aprendi a fazer esses códigos malucos que ficam na lombada do livro, eu tento explicar mas às vezes no meio desisto, foram 4 anos pra entender como fazer.
Tudo isso que relato faz parte da rotina do bibliotecário, mas sua missão é muito mais, do que a rotina de circulação.
Tenho pra mim, que a missão de um bibliotecário é conseguir – apesar dessa rotina – atender ao próximo com humanidade, e ser um elo de real união entre quem quer achar uma informação, e o suporte dessa informação.
Então, todo dia estamos aqui, emprestando livros, normalizando trabalhos, fazendo oficinas, cursos e auxiliando novos usuários. Auxiliando pessoas. Melhorando a vida delas de alguma forma, sendo oferecendo um sorriso ou um espaço silencioso de leitura. Essa é nossa missão.
Gostei muito de sua contribuição, foi essencial para a conclusão do meu curso.