Roteiro de Bryson para o Planejamento Estratégico em Bibliotecas

Olá bibliotecária (o), hoje vamos nos aprofundar em uma temática recorrente nos concursos públicos: O Roteiro de Bryson!

Para o autor, qualquer processo de planejamento estratégico deverá iniciar pela conscientização dos Tomadores de Decisão sobre os esforços globais que serão despendidos para o fim almejado, ressaltado a necessidade do conhecimento, pelos mesmos, dos principais passos que serão dados em função dos objetivos pretendidos. Isto implica em obter o apoio, compromisso e, se possível, o envolvimento para que as ações a serem estabelecidas possam efetivamente ser implementadas.

É bem importante entender essas etapas e seu contexto, aqui tem uma tabela esquematizada para te auxiliar nesse estudo. Esse conteúdo está ainda mais aprofundado no nosso curso “Biblioteconomia de A a Z: Foco Concursos Públicos”

ETAPAS PARA A FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

ROTEIRO DE BRYSON APUD MACIEL; MENDONÇA(2000)

1° Mandato É a descrição do que a UI deveria fazer em conformidade com as obrigações institucionais, possibilitando o verdadeiro conhecimento de seu campo de ação.
2° missão Em harmonia com o mandato, exprimi a razão de ser da UI, contribuindo para explicitar o negócio, os usuários, os produtos ou serviços e mercados, orientando e delimitando as ações e definindo o que ela se propõe.
3° análise do ambiente externo Possibilita o conhecimento e monitoramento das potencialidades, tendências e forças do mercado no qual a UI está inserida, identificando oportunidades ( forças externas que favorecem e interagem positivamente com a UI) e ameaças (situações externas que podem trazer algum prejuízo)
4° Análise do ambiente interno Possibilita o reconhecimento do que a UI executa corretamente e do que não está sendo bem realizado. É preciso fazer uma análise criteriosa para poder identificar os pontos fracos (atividades pouco expressivas, que apresentam falhas estruturais e constantes reclamações dos usuários) e fortes (atividades que possuem maiores índices de aceitação dos usuários e que representam o reconhecimento do trabalho na UI)
5° Questão estratégica: É a congruência das etapas anteriores. Será feita uma pergunta sucinta, construída sobre os pontos fortes. A UI precisa ter consciência das questões que não serão abordadas. Ex: de que forma a automação adequada do acervo poderá contribuir para aumentar a utilização do serviço de alerta?
6° Obstáculos: É necessário o perfeito conhecimento das barreiras que poderão se contrapor às questões estratégicas. Deverão ser levantados todos os possíveis obstáculos para cada questão estratégica formulada. Ex: Falta de recursos humanos preparados e motivados.
7° Proposta estratégica: Devem seguir os seguintes passos:a) definição de várias alternativas práticas, sem esquecer as visões do futuro.b) identificar as ações necessárias para colocar as propostas estratégicas e práticac) determinar prazos e pessoas responsáveis.Ex: Treinar pessoal com vista a melhor divulgação do acervo no momento do atendimento.  Prazo: médio. Responsável: Chefe do Serviço de Referência.Identificadas as propostas estratégicas, a UI irá estabelecer os objetivos estratégicos que implicam na elaboração de um projeto para casa proposta definida.

 

COMO CAI NOS CONCURSOS – EXEMPLOS:

(BIO-RIO – 2014 – ELETROBRAS) Exemplos de questões com essa temática:

Qual das alternativas a seguir NÃO representa um dos focos do planejamento estratégico:

questões estratégicas.

análise do ambiente externo.

aquisição.

missão.

mandato.

 

Gabarito: C

Análise: Aquisição é um processo operacional, e é a única opção fora do roteiro de Bryson.

 

(FGV – 2015 – TJ-BA) A análise do ambiente externo de unidades de informação, a partir dos sete passos propostos por Bryson (1989) para o planejamento estratégico de organizações públicas e sem fins lucrativos, possibilita:

A)a adequação dos comprometimentos da unidade de informação com suas obrigações institucionais, previstas em estatuto ou outro documento formal;

B)a harmonização da missão com o mandato, justificando a unidade de informação, delimitando ações e explicitando os produtos, os serviços e o perfil da clientela;

C)a avaliação criteriosa do desempenho da unidade de informação, promovendo o reconhecimento da qualidade e a redução de conflitos organizacionais;

D) o conhecimento dos obstáculos que poderão se contrapor às questões estratégicas formuladas, viabilizando soluções criativas e inovadoras;

E) o monitoramento de potencialidades e tendências e a identificação de oportunidades e ameaças do mercado no qual se insere a unidade de informação.

 

Gabarito: E

Análise: A metodologia de Bryson (1989), possibilita uma fácil compreensão e reflexões necessárias para elaboração de estratégias que, quando for o caso, deverão ser adaptadas às condições e realidades de cada Unidade de Informação. O gabarito ressalta que é importante esse monitoramento para atingir as metas e objetivos, aproveitando as oportunidades.

 

E aí, gostou desse conteúdo? Me conta se já viu alguma temática nas questões de concurso ok?

Ranganathan não faz milagre, estudar sim

Abraços!

 

Referências utilizadas na postagem: MACIEL, Alba Costa. Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Interciência, 2000.
BARBALHO, Célia Regina Simonetti .Planejamento Estratégico: uma análise metodológica .Inf.Inf., Londrina, v.2, n.1, p.29-44, jan./jun. 1997 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Rolar para cima
Rolar para cima